sexta-feira, 20 de maio de 2011

O Sexo segundo o plano de Deus


O jovem casto exercita o autodomínio para ser fiel no casamento.

O livro do Gênesis assegura que, ao criar todas as coisas, "Deus viu que tudo era bom" (Gen 1,25). Portanto, tudo o que o Criador fez é belo. O mal, muitas vezes, consiste no uso mau das coisas boas. Por exemplo, uma faca é uma coisa boa; sem ela a cozinheira não faz o seu trabalho. Mas, se um criminoso usá-la para tirar a vida de alguém, nem por isso a faca se torna má. Não. O mal é o uso errado que se fez dela. Da mesma forma, o sexo é algo criado por Deus e maravilhoso. É por ele que a criança inocente vem ao mundo.

Como Deus deu ao casal humano a missão de gerar os filhos, "crescei e multiplicai" (Gen 1,28), providenciou o sexo como instrumento de procriação. E mais, para fortalecer a união e o amor do casal fez do sexo também o meio mais profundo da "manifestação" do amor conjugal.

Podemos dizer que o ato sexual é a celebração do amor, como que a "liturgia do amor conjugal". E é no ápice desta celebração do amor que o filho é concebido. Isto é, ele não é somente a carne e o sangue do casal, mas principalmente, o fruto do seu amor. É por isso que a vida sexual de um casal que não se ama de verdade nunca é harmoniosa.

O sexo é manifestação do amor. Sem este, ele fica vazio, desvirtuado e perigoso como aquela faca na mão do assassino. Faz muitas vítimas... O que é a prostituição, senão o sexo sem amor? É apenas um ato de prazer, comprado, com dinheiro ou outros meios. No plano de Deus a vida sexual só tem lugar no casamento.

São Paulo, há dois mil anos, já ensinava aos coríntios: "A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa" (I Cor 7,4). O apóstolo dos gentios não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado, nem que o corpo da noiva pertence ao noivo.

A união sexual só tem sentido no casamento, porque só ali existe um "comprometimento" de vida conjugal, vida a dois, no qual cada um assumiu um compromisso de fidelidade com o outro. Cada um é "responsável pelo outro" até a morte, em todas as circunstâncias fáceis e difíceis da vida. Sem esse compromisso de vida o ato sexual não tem sentido e se torna perigoso.

As consequências do sexo vivido fora do casamento são terríveis: mães e pais solteiros; filhos abandonados, criados pelos avós ou em orfanatos. Muitos desses se tornam os "trombadinhas" e "delinquentes" que, cada vez mais, enchem as nossas ruas, buscando nas drogas e no crime a compensação de suas dores. Quantos abortos são cometidos porque se busca apenas e egoisticamente o prazer do sexo, e depois se elimina o fruto: a criança!

As doenças venéreas são outro flagelo do sexo fora do casamento. Ainda hoje convivemos com os horrores da sífilis, blenorragia, cancro, sem falar do flagelo moderno da AIDS. O remédio contra a AIDS é a vivência sexual apenas no casamento; e não, como se propõe, irresponsavelmente, o uso de “camisinhas”, em vez de se eliminar o vício pela raiz.

É urgente que os cristãos, pais, professores e educadores tenhamos a coragem de ensinar novamente a castidade aos jovens.
Um jovem que se mantém casto até o casamento, além de tudo, prepara a sua vontade e exercita seu autodomínio para ser fiel ao seu cônjuge no casamento. É preciso mostrar urgentemente aos jovens os valores da castidade, tanto em pensamentos como em atos.

A televisão, os filmes pornográficos, as revistas eróticas abundantes e asquerosas injetam pólvora no sangue de nossos filhos, fazendo-os escravos do sexo. E por causa disso estamos vendo meninas de 13, 14 anos, grávidas, sem o menor preparo e maturidade para serem mães. Temos que acordar. Temos que ter a coragem de oferecer aos jovens a opção da pureza que Jesus nos legou: “Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus” (Mt 5,8). Neste assunto Cristo foi exigente e não deixou margens à dúvida: “Todo aquele que olhar para uma mulher com desejo de cobiça, já adulterou com ela em seu coração” (Mt 5,27).
 
Do portal Canção Nova

Abraços a todos!
Raphael S. Ferreira

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ser Sal e luz nos relacionamentos

Podemos achar que estabelecer um relacionamento duradouro é algo impossível de ser vivido. Por isso, corremos o risco de considerar que viver separados, no nosso mundinho, é a melhor opção. Pensamos que viver isolados é a melhor opção quando deparamos com as dificuldades próprias das situações com as quais vivemos. Apesar de convivermos com pessoas a quem amamos, nem por isso outros sentimentos deixaram de existir. Continuamos a sentir raiva, impaciência, incompreensão e alguns desses sentimentos, quando aflorados, provocam os abalos em nossos convívios. Temos dificuldades na amizade, no namoro, no casamento e também na relação com os filhos. São crises que assolam a nossa vida, mas a boa notícia é que nenhuma delas são eternas. Pouco a pouco, vamos aprendendo a enfrentar aquilo que nos coloca em xeque.
Você pode se lembrar de situações que pareciam difíceis e que você até chegou a pensar que não iria aguentar, mas elas passaram, já não fazem mais parte desse tempo. Mas, elas passaram por que você se esqueceu delas? Não. Elas passaram porque você aprendeu uma maneira de contornar e superar o problema. Todas as crises são passageiras somente quando você aprende a trabalhar com elas. 
No entanto, diante delas [crises], o mundo quer nos mostrar o caminho mais fácil para enfrentar essas situações ensinando-nos a descartar pessoas que nos trazem dificuldades. Contudo, quem se isola não cresce, não progride, nem amadurece.
As pessoas, por saberem que estamos nos esforçando na caminhada, muitas vezes, nos julgam por não conseguirem ver em nós alguém que elas idealizaram. Muitas vezes, fantasiam um personagem longe da nossa realidade. Mas o que elas querem ver na verdade? João Paulo II, no livro "Words of inspiration", nos responde: O mundo quer ver Jesus em você! "Muitos sabem o que você faz e o admiram e o valorizam por isso. Mas a sua verdadeira grandeza está naquilo que você é. O que você é na essência talvez seja menos conhecido e pouco entendido. Essa verdade só pode ser compreendida à luz da nova vida, revelada em Cristo. Somente n'Ele você será uma nova criatura".

E como podemos fazer com que esse novo homem se revele à luz dessa nova vida? Todos nós temos alguém a quem admiramos. Eu admiro o senso de responsabilidade e de compromisso que meus pais têm. Mas apenas admirar essas virtudes de alguém em nada vai repercutir em minha vida. Então porque eu os admiro, eu quero imitá-los. Essa nova vida revelada não compreende apenas o conhecer um Jesus histórico, mas o meu ser precisa imitá-Lo.


Em que momento, nas Sagradas Escrituras, encontramos alguma ação de Jesus em que Ele condena aquele que ia ao Seu encontro? Se nós fizermos o esforço de imitar essa atitude do Senhor - de não condenar ninguém - já estaremos deixando o "novo homem" emergir com as características de quem precisa ser sal e luz em nossos relacionamentos.

Sabemos que não somos perfeitos e, ao entendermos que um relacionamento acontece numa "via de mão dupla", precisamos estar atentos para não exigir do outro somente atitudes de perfeição, quando reconhecemos em nós os mesmos defeitos trazidos pelo outro.

"Não podemos exigir do outro apenas atitudes de perfeição"